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Quem tem animais de estimação sabe bem o que é ter alguém na sua vida que lhe roubou o coração, o melhor spot do sofá, a cama e milhares de espaço livre no telemóvel porque não conseguimos parar de os fotografar. O problema é que, muitas vezes, grande parte dessas fotos são desfocadas, arrastadas ou fora de contexto. Parece difícil mas conseguir fotografá-los pode também ser mais fácil até porque, muitas das vezes, já temos os conhecimentos. Só precisamos saber aplicar...
Quando queremos tirar fotografias dos nossos patudos a palavra-chave é “Paciência”. É necessário ser paciente e saber esperar pelos momentos ideais e propícios para os fotografar. O seu tempo de concentração é muito diferente do nosso e tudo pode mudar rapidamente. Enquanto um ser humano consegue estar uma grande quantidade de tempo a ser fotografado sem intervalos, os animais têm momentos de concentração mais curtos além de um comportamento imprevisível. É necessário saber esperar e dar-lhes todos os momentos que necessitam para se recompor porque quem espera sempre alcança... ou neste caso fotografa.
Ninguém trabalha de graça e modelos que se prezem exigem o seu cachet. Os nossos animais podem dar-nos as fotos mais incríveis mas exigem ser recompensados pelo seu esforço por isso é necessário ter sempre à mão petiscos para lhes irmos dando à medida que posam para que continuem focados e interessados no que estão a fazer. Bolinhas da sua ração ou até um pouco de fiambre podem dar-nos a foto da nossa vida.
Se estivermos atentos todos os momentos podem dar-nos aquela fotografia super fofinha e mágica. A hora da sesta é uma ótima oportunidade para os apanhar mais quietos e conseguir tirar fotos de detalhes como as suas patinhas, o seu focinho, a forma como aninham o focinho no meio das patinhas e até mesmo das suas poses, muitas vezes estranhas, em que adormecem. Quem nunca tirou uma foto do seu patudo que mais parecia uma forma muito estranha de Yoga?
A curiosidade pode dar-nos expressões únicas que merecem ser fotografadas. Estimular-lhes essa curiosidade pode dar-nos expressões divertidas e únicas. Bater numa superfície, assobiar, (tentar) uivar ou utilizar brinquedos que emitam sons pode ser o suficiente para que nos ofereçam expressões únicas e até mesmo aquele inclinar da cabeça (head tilt) que tanto nos derrete.
Devemos sempre colocar a nossa atenção nos olhos deles pois é o contacto visual que nos permite estabelecer uma conexão e ligação visual. Tirar as fotos de cima para baixo pode até ser mais comodo para nós mas após algumas tentativas parece que o nosso cão ou gato foi fotografado por um drone. Devemos deixar de lado a nossa preguiça, o nosso medo de sujar a roupa e colocar mãos à obra: Colocar-nos ao nível deles permite fotos mais intensas, realistas e muito mais interessantes por isso temos de nos baixar, dobrar, ajoelhar ou até mesmo deitar no chão porque sem esforço não há recompensa... e eles sentir-se-ão mais conectados connosco, com a máquina e, muito provavelmente, virão encher-nos de beijos no final.
Não há nada mais apelativo do que uma fotografia cheia de alegria, espontaneidade e naturalidade. Muitas das vezes não conseguimos essas expressões porque estão com trela, peitoral ou coleira o que os deixa sempre mais apreensivos ou a pensar que vão sair comprometendo a sua concentração. Sempre que possível devemos libertá-los de tudo isso. Se for em casa estarão mais à vontade para se movimentar sem marcas no pelo e se for no exterior temos apenas de ter cuidado para que seja num local controlado, que eles conheçam para que estejam mais calmos e sem nada que lhes aguce a curiosidade e os distraia da verdadeira missão que têm em mãos: ser o melhor modelo fotográfico do mundo.
Não existem limites para criar retratos fantásticos com os nossos patudos. Desde que o nosso melhor amigo esteja disposto podemos utilizar toda a nossa criatividade para construir retratos únicos com muitos dos utensílios que temos em casa. Cortinados coloridos fazem fundos divertidos, óculos de sol podem trazer-lhe mais estilo, bolinhas de sabão podem dar-nos olhares mais curiosos e até mesmo aqueles rolos de papel de embrulho que guardamos em casa podem dar-nos texturas diferentes para criar retratos. O limite aqui é mesmo a nossa imaginação... e a paciência deles.
Todos tentamos ensinar aos nossos patudos os comandos básicos para que os consigamos controlar melhor, proteger e facilitar o nosso dia-a-dia... Na fotografia esses comandos podem significar ouro para a pose pela qual ansiamos. “Senta”, Fica”, “Dá a Pata” podem ser o nosso melhor aliado.
Utilizar também os seus brinquedos para lhes chamar a atenção ou até inclui-los nas composições pode ajudar a manter o patudo mais calmo e estático.
A energia que os patudos têm pode ser o maior causador de fotos desfocadas e longe do que pensámos. Antes de fotografar devemos sempre ajudá-los a gastar parte da energia para que estejam mais calmos. Um passeio antes de fotografar pode cansá-lo um pouco e ajudar a que fique mais estático. Se o passeio não tiver sido suficiente mais uns minutos de brincadeira podem ser o suficiente para o acalmar. Nunca esquecer, no entanto, de lhes dar água e pausas para descansar entre alguns disparos senão começam a ficar ofegantes e todas as fotos serão a exibir a sua vasta língua e ar de cansado.
A Luz é o nosso maior aliado mas devemos conseguir encontrar o balanço perfeito entre ela o nosso modelo de quatro patas. Se for para fotografar em casa devemos procurar locais com boa iluminação como por exemplo, perto de janelas ou onde a luz seja mais abundante sem que seja demasiado forte para evitar olhos semicerrados e exposições muito grandes. No exterior seja no nosso jardim, quintal ou tenhamos aquele sítio secreto que sabemos que nos irá dar fotografias fantásticas devemos ter em conta a altura do dia sendo logo cedo pela manhã ou mais ao final da tarde as preferidas porque evitamos as luzes fortes e quentes do meio dia além de ser mais fresco para eles poderem usufruir sem ficarem ofegantes.
No final de tudo isto temos fotos lindas dos nossos patudos para poder mostrar aos nossos amigos, fazer telas e posters para embelezar a nossa casa, oferecer álbuns deles a quem mais gostamos e não precisamos de fazer scrolls infinitos no telemóvel à procura de uma foto boa no meio de milhares desfocadas.
Autor: Carlos Filipe Photography